Notícias da Casa de Chá
«As Vicentinas» estão como novas. O espírito é o de sempre
Por Luís J. Santos ,04.02.2013 ![]() Ainda não entramos e já percebemos que vamos beber um chá de tempo. Sobre o rendilhado intrincado dos azulejos da fachada, uma velha e sóbria placa que reza Casa de Nossa Senhora do Amparo e é sublinhada com uma ondulada Obra Vicentina. Quase ao lado, uma placa a fumegar novidade, com design moderno e chamativo fundo rosa: diz Casa de Chá de Santa Isabel e, por baixo, Vicentinas. Pela montra, o grande salão até parece mostrar-se tal como se dá a ver desde sempre, mas pressente-se mudança e a ausência do certo ambiente quermesse que se avistava. Em quase palco, uma mesa com seu serviço de chá funciona como chamariz. Será que, ao fim de quase meio século de dar chá a Lisboa em nome da beneficência, as Vicentinas de São Bento mudaram? A resposta é tanto sim como não. "Quisemos dar uma imagem mais fresca, mais jovem, mais moderna", resume-nos Rita Assunção, que agora dirige a casa. À primeira entrada, há muita gente a ficar surpreendida com as novas paredes verde-água ou cadeiras cor-de-rosa. Mas, com mais ou menos traços modernos, uma coisa é certa: "o espírito tem que se manter". O espírito e muito do que tornou este salão de aconchego, conhecido como As Vicentinas, célebre e estimado: os chás e uns idolatrados scones, os bolos e toda a comida caseira, a afabilidade e o contributo para a solidariedade social. |
Scones. Roteiro britânico em oito casas portuguesas (jornal i, 23/01/2013)
Casa de Chá de Santa Isabel: o «aconchego» das Vicentinas a «trabalhar para algo maior»
Publicado no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, em 20-01-2013. A partir de uma reportagem no Jornal Público e das informações do site da Casa de Chá. Há um meio século que aqui não falta o aconchego do chá e de muito mais. Muitas gerações passaram pelo salão de chá das Vicentinas, criado por um grupo de beneméritas. Mas o tempo não perdoa e, com o desaparecimento das impulsionadoras, a paróquia local mudou para outras vicentinas. A casa foi remodelada há pouco, ficou mais «fresca», arrumada, «com cores mais leves», e reabriu no outono, rejuvenescida, como Casa de Chá de Santa Isabel. Mudam-se os tempos, mas não se mudaram vontades: os lucros continuam a ir para obras sociais e na ementa, apesar de inovações, mantêm-se as atrações clássicas. «É uma casa marcadamente religiosa, mas aberta a toda a gente; não é um espaço para evangelizar ninguém», diz a nova diretora, Rita Assunção. ![]() O aconchego das Vicentinas sente-se na casa, nas ementas, nos voluntários e profissionais. «É trabalhar para algo maior», diz Rita, «e os clientes que aqui vêm sentem-se a contribuir do mesmo modo». A Casa de Chá de Santa Isabel ("Vicentinas") fica na Rua de São Bento, 700, em Lisboa. Abre para almoços e lanches, de segunda a sexta das 11h30 às 19h, aos sábados das 16h00 às 20h00. A história da Casa de Chá Há mais de meio século um grupo de senhoras juntou-se em Lisboa para apoiar os doentes de tuberculose - demasiadas vezes postos de lado pelo resto da sociedade. A conselho do Cardeal Cerejeira, este grupo organizou-se como Grupo de Vicentinas da Obra de Nossa Senhora do Amparo, lançando assim as bases para a fundação da Casa de Chá anos mais tarde. Tudo começa quando, por volta de 1956, o grupo é desafiado pelo padre Américo a dar apoio ao bairro da Curraleira: uma zona de Lisboa onde reinava a pobreza, o alcoolismo e o desemprego. Representantes da alta sociedade lisboeta empenham-se na causa e chegam à conclusão de que uma das formas de ajudar aquelas famílias era ensinando uma arte - a costura - que pudesse trazer rendimentos extra; mas mais importante, criar uma fonte de auto confiança e estabilidade para os habitantes do bairro. Criou-se um atelier onde cerca de 50 mulheres começaram a aprender esta arte, orientadas por duas modistas. A Obra de Nossa Senhora do Amparo arranjava os tecidos e as máquinas de costura, e os trabalhos feitos eram vendidos sobretudo na época do Natal, em vendas organizadas. O sucesso chegou rapidamente. As Vicentinas, inspiradas pelas suas viagens às capitais da moda, como Paris ou Milão, davam a conhecer às mulheres do bairro da Curraleira os últimos "gritos da moda". Nascidos de mãos trabalhadoras, estes modelos de topo "made in Portugal'" desfilavam pelos palcos de Lisboa; e o projeto atingiu dimensões consideráveis. Com isto, começou a ser necessário um espaço onde os modelos pudessem estar expostos de forma constante. E foi assim que na década de 1950, e com a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa, um antigo armazém de bananas se transformou numa passerelle. A quem vinha assistir aos desfiles, as Vicentinas ofereciam chá e scones, dando assim origem aos que muitos aclamam ser "O Melhor Lanche de Lisboa". Do grupo original de Vicentinas restam apenas dois membros. Por esta razão, o pároco de Santa Isabel, padre José Manuel Pereira de Almeida, foi desafiado em 2011 a não deixar morrer este espaço. Fiel aos princípios das Vicentinas, a agora designada "Casa de Chá de Santa Isabel" contribui com a totalidade dos seus lucros para as obras sociais da Paróquia de Santa Isabel. O Ano da Fé na Casa de Chá No âmbito do Ano da Fé, que a Igreja Católica assinala até 24 de novembro, a paróquia de Santa Isabel está a organizar na Casa de Chá um conjunto de conversas com o título "Procurar a fé é já acreditar". As conversas inspiradas no Credo prosseguem a 5 de fevereiro com "Creio em um só Senhor, Jesus Cristo [...]". Os encontros decorrem mensalmente até junho, sempre às 21h00. |
Um lanche com sabor a Outono
Gosto de saborear calmamente os prazeres da vida! Comer, andar de bicicleta, passear, ir á praia, tomar um belo banho, colocar os meus cremes, ler um livro...tantas coisas que já há algum tempo não faço! Quando tomo banho, tirando o fim-de-semana a Missanga vai comigo para a casa de banho. Sento-a na cadeirinha da papa e lá fica quieta a ver-me tomar banho!!! Quando estou a tentar colocar os meus cremes ela também quer e confesso que é uma hora de stress a tentar que ela não perca tamanho milímetro de tamanha preciosidade!! Ler, é para esquecer!!!! Quando enfim dorme, só me apetece esticar no sofá a fazer um zapping até as minhas pálpebras não aguentarem e me dizerem...está na hora de ir para a cama! Mas hoje fomos lanchar as 2! Como ir para a praia sozinhas está pelos vistos fora de questão, não quero passar figuras de estar o tempo todo com ela a chorar...fomos lanchar a um sitio que adoro! Ás Vicentinas como sempre conheci! Adoro lá ir nas tardes frias e chuvosas de Outono e Inverno! Acho que é das poucas alturas em que o Frio não me incomoda! Adoro os bolos caseiros, os doces perfumados, os scones irresistivelmente saborosos... Até o cheiro a mofo que se lá faz sentir eu gosto! Visitem e depois contem-me o que acharam! A Sweet M. comeu um scone e amou!!!!! Aos dias de semana é tranquilo lá lanchar...e estivemos muito bem a saborear tamanhos petiscos! |
O ano da Fé na Casa de Chá de Santa Isabel
Na passada terça-feira realizou-se o primeiro encontro dedicado ao Ano da Fé na Casa de Chá de Santa Isabel. Num encontro dirigido pelo Padre José Manuel Pereira de Almeida debateu-se o que é acreditar? Num ambiente simpático e tranquilo, à volta de uma chávena de chá quente e de uns bolinhos, discutiram-se temas sérios e importantes e partilharam-se experiências e opiniões. Não deixe de consultar as datas dos próximos encontros na secção do site dedicada ao Ano da Fé, aí serão igualmente disponibilizados os tópicos que orientaram as conversas mensais. |
A mudança na continuidade. A "nossa" Casa de Chá reabriu!
A Casa de Chá é notícia nas "Notícias de Santa Isabel" de novembro de 2012. Depois de algum tempo com as suas portas fechadas, a Casa de Chá de Santa Isabel reabriu no dia 1 de Outubro. Manteve-se o mesmo espírito, mas a equipa ganhou novos rostos... caras novas na Casa de Chá, mas conhecidas na paróquia: a Rita Assunção assumiu a direcção da Casa de Chá e a Mariana Rosado a cozinha. A Casa de Chá de Santa Isabel pretende ser, acima de tudo, um local de convívio; um outro espaço da nossa paróquia para se fazer comunidade. Será um local de reflexão, de troca de ideias, de oração e solidariedade. Gostaríamos muito que todos os seus visitantes, amigos e clientes se inflamassem do mesmo espírito que inspira a sua organização. A equipa actual inclui trabalhadores a tempo inteiro e também um grupo de voluntários. Ao tomar a sua refeição na Casa de Chá não está apenas a frequentar mais um restaurante com um ambiente simpático e uma decoração agradável: com a sua refeição você está a contribuir para as obras sociais da paróquia. No entanto, sendo a Casa de Chá muito mais do que um restaurante, pode ter a certeza que, como restaurante, é muito boa! A Casa de Chá continua a servir almoços e lanches, de segunda a sexta-feira das 11:30 às 19:00. Aos sábados a Casa de Chá abre das 16:00 às 20:00 para servir os lanches, onde se destacam os scones, os diversos bolos ou as tostas, devidamente acompanhados por uma grande variedade de chás. A qualidade das refeições da Casa de Chá também pode ser apreciada em sua casa, na modalidade de take-away... em doses já prontas, congeladas, para um ou para dois e que podem ser preparadas no micro‑ondas. Por reserva, a Casa de Chá também pode servir jantares para grupos e dispõe de uma pequena sala para reuniões ou ateliers. Para saber mais sobre as nossas ementas e serviços, contacte-nos através do telefone 213887040, da página na internet (em renovação): www.casadecha.org, procurando por CasaChaSantaIsabel no facebook, ou através do correio electrónico: info@casadecha.org. Ou então apareça... Queremos muito a sua visita. Estamos na Rua de São Bento 700, logo ali junto ao Largo do Rato... Rita Assunção e Mariana Rosado |
A rapariga do lenço verde
Lanche de meninas n'As VicentinasEste fim-de-semana (e mais uma vez) uma amiga mostrou-me um sítio que muitos dos nossos pais conhecem há anos: As Vicentinas.Num sítio bem acessível, pela sua proximidade do metro do Rato, e partilhando a esquina com a Camisaria d'Ouro, está o local perfeito para um lanche de amigas. Pelo que me constou As Vicentinas é uma Casa de Chá com muitos anos e que foi recentemente remodelada. De decoração acolhedora (onde predominam os cremes e os rosa), o espaço permite receber muita gente que queira pôr a conversa em dia. E apesar de me ter sentido totalmente acolhida só pelas cadeiras mesas queridas, o melhor ainda estava para vir: scones. Quentes e muito macios, chegaram com o doce de framboesa e um óptimo chá (chá verde, pedacinhos de morango e folhas de camomila) - para experimentar ficou o sumo de morango e framboesa que a minha companhia recomenda vivamente. Surpreendentemente um lanche como este custou menos de 3 euros e pouco e, pelo que pude perceber, reverte para a Paróquia de Santa Isabel. Na prática não custa nada porque ainda estamos a ajudar. Eu acho que nunca dei uma pontuação tão alta, correndo o risco de subir as expectativas de toda a gente, mas a relação qualidade preço fica entre os 8,5-9. Certamente que este serão será instituído como ritual. |